segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sobre as eleições 2012



Quem vota hoje no PT pode estar se utilizando da mesma lógica do antigo eleitor malufista do "rouba, mas faz". Pode ser por isso que o Maluf tenha se aproximado do antigo desafeto PT.
Aliás, de todos os meus conhecidos mais próximos que votaram no Haddad, só uma é realmente petista; o restante votou contra o Serra.

Aos indignados da classe média que jogam palavras ácidas contra quem não votou no Serra, não sabem ou não se lembram do quanto os menos favorecidos da periferia são esquecidos pela agenda de um partido, no mínimo, injusto.

Os que acham desinteligente votar num candidato de um partido em que muitos se corromperam e recentemente foram condenados, não foram a fundo na história da mesma prática "mensalística" do PSDB, que, por ainda não ter sido julgada, parece não ter a mesma desonra. Antes de esbravejar contra o que está nos tribunais e na mídia atualmente, leia “A privataria tucana” de Amauri Riberio Jr e sinta náusea.

Um erro não justifica o outro, em qualquer ordem que se queira ler.

Parece que virou uma modinha não votar/anular/votar em branco. Se alguém vai tomar conta da minha casa, do meu bairro, da minha cidade, da igreja, do estado ou do país e eu tenho a possibilidade de escolher e não o faço, acho que pode ser um jeito de lavar as mãos.
Pode ser um pseudo protesto, porque no final são computados os votos válidos, logo, ajuda-se com meu voto inválido, quem já tem mais votos.

E isso é muito parecido com narcisismo, porque ninguém é bom o suficiente para mim, ou tanto quanto eu.

Se ninguém passa pelo teu crivo e, em volta de uma mesa, com um copo que se enche e se esvazia várias vezes, você sabe exatamente quais são as soluções, candidate-se! Até porque alguém vai assumir a direção e, no final, você dizer: “eu não votei” não resolveu também!

É seu direito não votar?! Claro que é! A questão não é se sou obrigado e não deveria ser, mas é: tenho a possibilidade, mas decido terceirizar.

Meu filho também faz assim: Se sou obrigado a fazer, então eu digo não!! – mas ele tem menos de 2 anos de idade!

“- Ah! Mas não quero votar no menos pior!!” Penso que sempre será feita a escolha do menos pior para se votar, porque alguém que chega à liderança de um partido político, a uma candidatura por um cargo desse tamanho, etc., já alinhavou diversas “alianças” e negociou muitas coisas que para você e para mim seriam inegociáveis.

Ninguém será perfeito! Você seria?!

Você pode ter a tua opinião e ela pode ser totalmente oposta à minha e eu respeito quem pensa! Inclusive quem pensa diferente de mim, mas me reservo ao direito de expor minha opinião! 

E é só uma opinião!!