quinta-feira, 6 de outubro de 2011

B, R, O - bro


O ano tem uma velocidade frenética e se não fizermos pausas, por pequenas que sejam, não conseguimos perceber coisas boas que ele nos traz. As coisas ruins, sim, sentimos todos os dias na pele e parece que vivemos para fugir delas o tempo todo.

Não pode ser assim. Nossa vida não deve ser pautada pelo ruim. É preciso valorizar o que é bom. E o que é bom nem sempre é espetacular, ao contrário, pode ser bem simples.

Como perceber as coisas simples? Talvez, rejeitando a ideia de que devemos cuidar somente do que é urgente, afinal precisamos empenhar uma atenção ao que é importante.
“Eu me recuso, faço hora, vou na valsa... a vida é tão rara”(Lenine)

B, R, O – Bros são os meses finais do ano.
Setembro já se foi. Outro “bro” ou Outubro chegou, nem disse a que veio e logo se despede também. Mais dois “bros” e fim.

Mas, ok! Há duas maneiras de se olhar para o fim: Como FIM ou como a possibilidade de um recomeço.

Para um novo começo não é necessário esperar o ponto final. Podemos decidir se o ponto será final, exclamativo, ou se continuaremos reticentes diante das interrogativas da vida. E muitas são as perguntas.

Que tal nos anteciparmos, fazendo nós mesmos as perguntas e tomando atitudes necessárias? Respondermos só se houver necessidade, senão, convivermos em paz com as “não respostas”.

Seria preciso aguardar o fim do ano para fazer coisas que estão pendentes? Ou esperar para fazer mais uma daquelas listas de desejos e metas - algumas inatingíveis, para mais tarde nos frustrarmos?

Melhor seria começarmos - antes do fim - com simples gestos de carinho com quem amamos e, mesmo que sem tempo ou energia, ganhar algumas horas – porque amar nunca é perder tempo, e refazer as forças – porque o afeto traz ânimo novo a quem o dá e a quem o recebe.

Correr tanto pra quê? O Tempo é agora! Esperar o máximo por quê? Se o suficiente é o bastante. É claro: sempre melhorar, mas isso pode não querer dizer ter algo mais e, sim, ser alguém melhor.

Sonhe, deseje, realize.

O sonho move a criatividade e nos dá esperança.

O desejo faz com que se queira continuar.

E o realizar faz com que se abra a possibilidade de ter novos sonhos, desejar coisas novas e realizar cada vez mais. E assim viver, aproveitando até os detalhes de cada dia. Que tal isso tudo a partir de já?

Joel Cardoso